No Sem Fronteiras, o rock ‘n’ roll não é só som. É um bicho que morde, lambe, beija e chuta ao mesmo tempo.
Nas caixas, a gente solta rock e seus cúmplices de estrada — blues sujo, guitarras suadas, vozes que parecem vir de outra vida.
Rock é um mundo sem fronteiras. Tentar definir é matar a magia. “Rocking and rolling” — balançando e rodando — não é só dança, é estado de espírito. Espalhou-se pelos cinco continentes e não pediu permissão pra ninguém.
Pra nós, rock é mais que balançar: é sacudir. É levantar o corpo e a alma.
É como disse René Char: “Aquilo que veio ao mundo para nada perturbar não merece respeito, nem paciência.”
E aqui, na encruzilhada das Ruas Américo Brasiliense e Sete de Setembro, a gente gosta de perturbar.
Todo dia tem música nas caixas, clipes nas telas, e nos fins de semana o palco esquenta com bandas ao vivo. É pra ouvir no peito, dançar, pular, cantar — e se perder um pouco no caminho de volta.
Cerveja bonita. Gente gelada. Rock nas encruzas.
O resto, a gente resolve no volume.